Tudo bem no Natal que vem é um aglomerado de referências de demais filmes, mas qual não é, né?
Leandro Hassum é Jorge, casado com Laura (Elisa Pinheiro) e pai de três filhos. O filme mostra desde o começo a dura vida de quem nasceu no dia 24 de dezembro. Tudo é motivo para não gostar da data, quando criança ele dividia a mesa do bolo com peru, todos os amigos estavam de férias, não ganhava presente de aniversário, quando cresceu quis esquecer do aniversário, mas passou a ter que lidar com o trânsito pesado, as músicas repetitivas, as saudações a todo momento, as visitas não tão bem vindas, os supermercados lotados, o transbordante capitalismo, o excesso de comidas, brigas, ameixas no peru….
É tanta coisa que nos primeiros minutos do filme você sente uma empatia e passa a entender quem não gosta do natal, mas como todo bom filme natalino, não importa quantas voltas a trama tenha, uma coisa é certa, ela voltará à sua tradicional base, família.
Tudo bem no Natal que vem não foge de nenhuma dessas tradições natalinas, exceto a neve, claro. Mas é possível se identificar em muitos aspectos com aquele final de ano bem agridoce, misturando uma vontade de dormir pra viver outro dia com uma vontade de voltar pra ajeitar o que podia ter sido melhor. Reunindo tudo isso nós temos um ‘Click’ para chamar de nosso com o selo original Netflix.
Vale ser visto sim.