amarelo – é tudo pra ontem

Finalmente consegui assistir AmarElo, o documentário que chegou na Netflix dia 8 de dezembro. AmarElo é uma explosão, é história, é cultura, é verborragia pura.

Emicida apresenta o Neo-samba, percorre a história e influências do rap, faz um passeio pelos nomes do gênero que rende citações a Quinto andar, Marcelo D2 e Racionais Mc, criando um verdadeiro caldeirão cultural. Além disso, traz recortes de registros históricos do movimento negro sempre acompanhados da sua narração segura e com voz incisiva de quem tem pressa por mudança.

São 100min de ode ao samba, um gênero musical que levanta a bandeira das pequenas alegrias da vida adulta e que tem os pés fincados na cultura negra. Ah, ele também cita o Manoel de Barros (amo os vazios poéticos desse homem) e uma frase do Oswald de Andrade. “Só o outro me interessa” para afirmar que é no outro que a nossa existência faz sentido. ❤️

É bonito de ver. É um golpe de esperança. Dá fôlego! O documentário inteiro é um estouro de referências assim como seu rap que cita Neruda, pantera-negra e Bruce Lee.

Saí cheia de nomes e termos pra colocar na barra de pesquisas do Google: Abdias do Nascimento, Aime Cesaire, Ruth de Souza, Lélia Gonzales, intersexualidade, o próprio neo-samba. Ganhei vários nomes pra aprender mais. Descobri de novo que sabia pouco.

Eu gosto quando faço uma imersão dessas e saio maior que entro.

Que explosão!
Repito. É tudo pra ontem!

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