Embora a hype seja grande. Rosamund Pike esteja (novamente) muito bem e tenha garantido a indicação de Melhor Atriz no Globo de Ouro, eu não me importo. Não gostei. Mas isso não me tira a vontade de escrever aqui 😌
O filme parece sádico. Não tem mocinhos. Cada um se torna herói da sua própria estória por caminhos nada convencionais. Uma mistura de gêneros (suspense, comédia)e talvez aí esteja o ganho. A gente gosta do fora da caixinha.
Marla Grayson (Rosamund Pike)é uma tutora de idosos que se aproveita das suas fortunas. Desde as primeiras cenas ela se apresenta como uma vilã eloquente, elegante e fria que rouba indefesos no final da vida. É uma bela forma de nos causar incômodo e já torcer pela queda dela.
Mas quando a vilã ataca sua última vítima que entra na história Roman Lunyov (Peter Dinklage), um mafioso que não deixará sua mãe cair nas garras de Marla e a partir daí inicia uma luta pelos direitos ao patrimônio da vítima e claro, pela empatia do espectador.

O filme é cheio de frases efeito como “Só existem dois tipos de pessoas, presas e predadores” ou questões como “Até onde você iria, qual o o seu limite?” Que demonstram a obstinação da protagonista.
Ora odiamos Marla e em outro momento estamos lá torcendo por ela que embora ardilosa, nunca deixa de demostrar seu amor pela namorada e seu desejo de colocar cada homem no seu devido lugar, isto é, nunca acima dela (e das demais mulheres).
Nessa guerra de gêneros e de maldade, há uma sequência de suspense com perseguições e reviravoltas que parecem não desejar punir nenhum dos dois e um desfecho morno.