Hello, Millennials!
Se você nasceu nos anos final dos anos 80 e início dos anos 90, certamente é o público-alvo da série ‘Geração 30 e poucos’, nova produção da Netflix. Entretanto, devo dizer que uma coisa é fato, a premissa da série não se prende somente a essa geração, porque quando se fala de desventuras no amor, isso envolve quase todo ser vivo.

A produção italiana é curtinha, a primeira e única temporada (até agora) tem 8 episódios e conta a história de amor de Daniel e Matilda. Daniel (Angelo Spagnoletti) é um jovem executivo da ramo de tecnologia, cria apps e divide o apartamento com o amigo Luca. Uma noite, quando sai para passear ele reencontra Matilda (Cristina Cappelli), o problema é que ela, ao contrário dele, não está procurando ninguém, vive feliz ao lado do noivo e está prestes a casar.
Há um ganho, as linhas temporais ficam entre o início da década num mundo com internet lenta (tanto que o título original é Generazione 56K), disquetes, computadores enormes e a descoberta do maravilhoso mundo dos sites de pornografia pelo trio de amigos inseparáveis. A outra se passa nos tempos atuais, em que a internet imprime com força esmagadora a sua velocidade e afeta até os relacionamentos amorosos. Seja lá ou cá, Daniel e Matilda se amam.

O ganho está em mostrar com beleza a ingenuidade de um amor juvenil, trazer a atmosfera 90tista cheia de aventuras e descobertas, e também aquele vazio e complexidade das escolhas que chegam com a vida adulta. O ruim fica por conta dos clichês quando ficam presos no elevador e fazem longos passeios de scooter pelas ruas italianas ou dos excessos de facilidades quando se trata de términos de relações.
A série aborda esse cansaço pela busca da cara metade, o loop de encontros com desconhecidos em busca de uma conexão verdadeira e na esperança que o próximo clique traga alguém compatível que se torne o grande amor da vida. Desejo esse que não se restringe somente aos indivíduos na casa dos 30…