Eu cheguei em Lamb sem ler sinopse, apertei o play e me deparei com um filme como eu gosto, tranquilo, com poucos diálogos e quase ausência de trilha sonora, até que da metade para o final a coisa foi ficando assustadora parecendo aqueles filmes de terror à luz do dia.
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María e Ingvar são um casal sem filhos, que cuidam de sua fazenda na Islândia até descobrirem um recém nascido.
Se você gosta de se reconduzido por paisagens lindas em planos abertos, cenas silenciosas que te permitem observar os personagens e caminhar pelos cenários juntos com eles e ainda ficar com aquele constante suspense sobre o que pode acontecer depois, aqui é seu lugar.
Vale lembrar aqui que Lamb tem o selo da produtora A24, famosa por fomentar produções dramáticas, sombrias e alternativas com os longas A Bruxa (2015), Moonlight (2016), Projeto Flórida (2017), Midsommar (2019) e Hereditário (2020).
Não há como tirar o destaque de Ada, o bebê metade ovelha, metade humano é tão adorável quanto assustador.
Gentil, doce e ingênua ela se torna a filha perfeita do casal que já sofreu uma perda anterior e agora tenta aumentar a família.
A relação de amor incondicional os faz fechar os olhos para as diferenças que Ada possui e continuam a tratá-la como humana, conversam, amamentam, vestem e educam como tal.
Eles sabem que precisam preserva-lá, até que um dia, chega uma visita inesperada …
Esse é o primeiro filme dirigido pelo Valdimar Jóhannsson e segundo entrevistas, ele não teve a intenção de criar uma criatura assustadora.
Acredito ser um longa diferente, bizarro, assustador e fora da casinha, tanto que isso rendeu a ele o prêmio de originalidade do Festival de Cannes.
Lamb já havia passado pela 45ª Mostra de São Paulo e agora está disponível na MUBI e não é recomendado para quem quer finais explicados.
AGRIDOCE 