
Filmes que possuem “a origem” como forma de indicar que estamos diante de um prequel já me deixam com um pé atrás, mas ‘Orfã 2: A origem’ consegue escapar com facilidade dessa trajetória de longas que fracassaram ao retornar a um desnecessário início.
A sequência do filme de terror de 2009 consegue se sair bem e entregar susto, suspense e criatividade em uma narrativa curta que justifica seu título e esclarece para que veio.
Boa parte dos méritos reside na boa atuação da atriz Isabelle Fuhrman, 25, – aliado ao trabalho de figurino e maquiagem, que convence como Leena Klammer/Esther.

Ambientado em uma gélida e escura Estônia, reencontramos Leena internada no Instituto Saarne, uma clínica psiquiátrica de segurança máxima que após um sangrento acontecimento garante a ela a fuga.
Livre, Leena busca se passar por Esther, a filha desaparecida de uma família rica, os Albright.
Julia Stiles (Tricia Albright) e Rossif Sutherland (Allen Albright) são os pais que ainda sofrem pela perda de sua pequena filha e veem a vida voltar aos trilhos quando recebem a notícia de que Esther foi encontrada. Essa vida feliz dura até que as reviravoltas começam a acontecer e tragam a desconfiança de quem realmente é a criança que entrou na vida deles.

O filme rende boas (e engraçadas) cenas com as dobradinhas de Julia Stiles e Fuhrman quando sua personagem Trícia trava uma batalha para proteger a família e apresenta novos elementos para entendermos a real origem de Esther, a orfã.
Não é um filme perturbador, sangrento ou baseado em sustos. Embora os demais personagens que compõem o longa pareçam bastante superficiais, servem como elos para a narrativa sombria e criativa. Há ainda a dualidade de Leena/Esther que em alguns parece não se sustentar na história mas que até isso é bem aproveitado ao render momentos hilários. Entre erros e acertos, pode-se dizer que é um bom filme.