Filho da Mãe – um reencontro com Paulo Gustavo

Domingo. 

Final de tarde parece que a gente tende a sofrer de lentidão, ou seria melancolia? 

Seja como for, calhou de ser nesse momento que comecei a assistir ao documentário do Paulo Gustavo. 

Paulo era incrível, talentoso, cheio de amigos, mas algo me tocou mais que todos os relatos sobre criação da dona Herminia, gravações e brincadeiras com Thales, dona Déia, amigos e equipe. 

Ao acompanhar a trajetória de vida dele, percebi que quando a morte chegou, ela o encontrou vivo. 

Cheio de planos.

Amando e vivendo com intensidade. 

Ouvir o depoimento da Mônica Martinelli  foi outro momento que me fez perceber mais uma coisa: Paulo era aquele tipo de gente que parece que sempre nos sentimos melhor depois de uns minutinhos perto. 

Saber que ele se comoveu e ajudou o meu estado quando faltou oxigênio foi só mais um ponto positivo e emocionante. 

Pode ser só o final do domingo, mas assistir a tudo isso me deixou entristecida. 

‘Filho da Mãe’ exalta o amor de diversas formas, do Paulo pelos filhos, marido, amigos, teatro, mas sobretudo, pela vida. 

Terminei de ver com a sensação de que esse é um documentário que nos instiga a não dever amor, nem calar palavras de admiração, desperta para não apenas sobreviver aos dias, mas viver com paixão e propósito.

O documentário que chegou no Prime Video no último dia 16 é resultado da última turnê do ator e comediante, com fechamento em agosto de 2019, mês em que seu filhos nasceram.

O que era para ser uma homenagem a Dona Déia, sua mãe e mulher que o inspirou a vida toda, acabou sendo uma homenagem dupla. Os momentos de bastidores revelam a criatividade e a composição do personagem, a relação com a mãe, o pai, o amor por Thales e o ativismo, embora sem assim ser denominado.

Em quase duas horas é notória a ausência de mais depoimentos de colegas de trabalho como Fábio Porchat, Tatá Werneck, Samantha Schmutz, mas temos lá Mônica Martelli e Marcus Majella. Também é possível entender que ao contrário de vários outros documentários que abordam a vida inteira do artista, nesse eles deixam de fora sucessos como o seriado ‘Vai que cola’ para se concentrar exclusivamente no que foi feito para ou inspirado em Dona Déia.

Confesso que não estava nos meus planos ver, mas ao assistir saí com aquele gostinho agridoce de tristeza e alegria. É realmente o que dizem, um documentário para rir e chorar ao mesmo tempo.

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