
Moças, sapatilhas, plumas, excesso de dedicação, tudo soa comum entre bailarinas. Mas em “Dançando no silêncio”, o cenários das moças é ainda mais desafiador que um ballet tradicional.
O filme chegou oficialmente na quinta-feira (4) aos cinemas, passa-se durante a guerra da Argélia e tem e a coreografia dele foi feita pela Hajiba Fahmy, uma das dançarina da Beyonce, e foi feita em parceria com Antoine Valette , profissional da língua de sinais.

No longa, Houria (Lyna Khoudri) é uma jovem camareira argelina que junto com Sônia, sua amiga, sonha em se tornar uma renomada bailarina. Com os recursos escassos e a morte violenta do pai, Houria faz apostas para conseguir renda extra, até que um dia é atacada por um agressor.
A diretora franco-argelina Mounia Meddour (“Papicha”) se inspirou em sua própria história quando passou por um acidente que teve fratura dupla no tornozelo e teve um longo período de solidão e isolamento durante a reabilitação física. Houria sofre um trauma, acorda totalmente diferente do que era até um dia antes e precisa aprender a lidar.

De uma animada narrativa sobre os bastidores da dança, tudo muda e nos faz leva a entender que são diferentes os motivos que nos tiram a voz, o medo, a opressão, a doença, a dor.
O longa usa a dança como forma de expressão, de comunicação e principalmente, de liberdade para as mulheres argelinas que se unem na busca por superação.
“Eu comecei no cinema fazendo documentário, por isso, eu gosto de tirar de dentro de mim memórias e experiências para transcrever em ficção no cinema. Após um acidente, com fratura dupla do tornozelo, vivi uma longa reabilitação que me imobilizou por um tempo. Eu queria contar sobre o isolamento, a solidão e deficiência. Mas, especialmente, a reconstrução”, diz a diretora.

O filme já está em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador e Vitória.